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With affection for everything that is so fundamental to us,
that shaped who we are as a whole, passion arises.
And only this can be the basis of what will come:
an alchemy of knowledge, talents and erudition that time has not erased.

Um sleeve para computador e uma bolsa nascem da tradição dos Teares de Minde. Inspirado nas mantas da avó e para manter viva a tradição da tecelagem em pura lã de ovelha e com um padrão original para esta edição.

Tear | Oficina | Fábrica | Laboratório | História

Tear

Urdir a teia. São 480 fios de lã que se enrolam no órgão de tear, para depois serem atados, dois a dois, nos liços.

Estes são puxados para a frente, passando pelo pente.

Agora que o tear está preparado, enchem-se as canelas com os fios a usar, com recurso à roda dobadeira e ao fuso, e ficam prontas a ser colocadas nas lançadeiras.

Depois, é a arte do tecelão.

Oficina

Começámos pela criteriosa selecção de Cameleira Japónica, madeira nobre, compacta e lustrosa. Carlos Batalha exerce, de seguida, o seu saber… No torno de madeira é definido o diâmetro desejado. O corte transversal é feito numa serra de fita, com a espessura desejada. Segue-se o furador de coluna onde são feitas as furações. O toque final é dado com recurso à lixa e ao polimento com cera de abelha.

Nasce assim o botão.

Fábrica

Algures, no tempo, deu-se o desequilíbrio. Ocorreu quando passámos a recorrer às matérias mais primordiais com recurso a processos que ferem, de morte, os próprios princípios básicos que, durante milénios, foram respeitados. É um exercício inútil tentar identificar esse momento no tempo. Por outro lado, é urgente que esse equilíbrio seja restabelecido. Com humildade, que deveria pautar cada uma das nossas acções, a ascensão, a que comummente chamamos progresso, agracia muito mais.

Laboratório

Uma sleeve para laptop, com 3 tamanhos saída dos teares da Subtil Bloom. Uma pequena parcela em pele de ovelha curtida com extracto de mimosa. Da feitura desta, excede uma parcela de tecido que é reutilizado para fazer uma bulsa multi-usos, com padrão único e especial O Benefício. A personalização com o Seu Benefício é feita, a laser, pela FAB LAB do ISCTE.

História

Este é O Benefício Alquímico.

Há um incontornável apelo ao nomadismo, ainda que ocasional, que a todos acomete. É esta a definição. Não há outra. A não ser que nos queiramos despir de toda a poesia que, aqui e ali, vai pintando os dias. Aí chamamos-lhe apenas “Viajar cá Dentro”, que é muito menos que um chavão institucional. É só redutor. Comprime-nos todo o senso ao contíguo espaço de uma caixa à qual nenhum de nós, catártico por natureza (assumamo-lo), pertencemos. Sair da caixa não é tão Out Of The Box assim. É inato. Espontâneo. Puro e simples. E foi assim, num dia absolutamente normal, sem qualquer bizarria ou excentricidade, que optámos por conhecer o Parque Natural de Serra de Aire e Candeeiros. Podíamos ser apaixonados por História e descobrir os castelos de Alcanede e de Porto de Mós. Ou mover-nos a geologia e caminhar cerca de dois quilómetros a partir da aldeia de Alcaria, com passagem pela gruta da Cova da Velha, para finalmente avassalarmo-nos com a Fórnea, esse impressionante anfiteatro natural. As grutas de Mira de Aire e de Algar do Pena também não passariam ao lado. Ou as pegadas de dinossauros de Vale de Meios. Mas o que nos move é a paixão. E este é um sentimento incontornavelmente humano. Gente. É esse o âmago do que fazemos. E se as gentes são o fundamento, é a sua paixão pelo meio onde se inserem que nos move no meio delas. As que o operam, fazem Alquimia. É bom que se saiba. Para O Benefício de todos.

O Princípio

Sabemos, por centelha, que a pastorícia é quase tão antiga como a nossa espécie. Ou, pelo menos, como o discernimento, que veio depois do mais primordial instinto de sobrevivência. O mesmo discernimento que não possibilitou ao progresso condenar uma actividade económica tão milenar como crucial. Domesticámos feras que temíamos para guardar rebanhos. Hoje, são animais de companhia. Alimentámo-nos com frugalidade até aos dias das fartas celebrações, pagãs ou religiosas, sem recorrer à caça. Cobrimo-nos com agasalhos. Não chegava. Como seres criativos, concebemos. Elaborámos. Consumámos. Arte. Das Mantas de Minde, por pouco, restava-nos a memória. Até que Ângela Subtil, terapeuta dedicada a cuidar do próximo (co-fundadora da Associação Portuguesa de Massagem Infantil), decidiu embrenhar-se no coração da Serra d’Aire em busca dos padrões das mantas que recordava decorarem a casa dos seus avós. Os mais de 200 teares da vila tinham sido substituídos por maquinaria industrial. Restavam dois. Parco testemunho de um tempo em que, nas ruas de Minde, o som ensurdecedor dos teares a bater se confundia com os cânticos dos tecelões. Foram aqueles dois exemplares, os poucos artesões que ainda lhes conheciam os segredos, manhas, preceitos e a paixão de Ângela por uma arte de cuja morte recusou ser testemunha, que fizeram nascer a Subtil Loom, a assunção de um amor pelo mais primordial apego à terra e à mão que a transforma com arte. Ou seja, a tradição. Urdir a teia. São 1000 fios de lã que se enrolam no órgão de tear, para depois serem atados, dois a dois, nos liços. Estes são puxados para a frente, passando pelo pente. Agora que o tear está preparado, enchem-se as canelas com os fios a usar, com recurso à roda dobadeira e ao fuso, e ficam prontas a ser colocadas nas lançadeiras. Depois, é a arte do tecelão. Fazendo uso do desenho que guarda apenas na sua cabeça (o que torna cada uma das peças verdadeira e incontornavelmente únicas), os pés vão percorrendo as ponteiras. Estas abrem os fios da teia sobre o tear. Ambas as mãos passam as lançadeiras. Mas só a esquerda faz o pente apertar o fio. Parece difícil? É. Trata-se de um verdadeiro bailado onde entram o saber milenar, os fios com história e as suas histórias.

O Meio

Pó de Arroz. Poderia fazer todo o sentido para este produto se tivesse de fazer sentido para este produto. E faz. É o nome de uma localidade. Na Serra de Sintra. É em Pó de Arroz que fica a Oficina Pode Ser, onde Carlos Batalha, marceneiro invulgarmente destro, leva a cabo aquilo que um dia foi uma arte tão comum como prezada. Hoje é só reconhecida porque rara. Respeitada porque singular. Felizmente, quando o número míngua, transborda a flama no que subsiste. A paixão pela própria matéria-prima radica no zelo da sua transformação. Alquimia também é isto. No processo criativo, aliado aos nossos intentos, começámos pela criteriosa selecção de Cameleira Japónica, madeira nobre, compacta e lustrosa. Carlos Batalha exerce, de seguida, o seu saber… No torno de madeira é definido o diâmetro desejado. O corte transversal é feito numa serra de fita, com a espessura desejada. Segue-se o furador de coluna onde são feitas as furações. O toque final é dado com recurso à lixa e ao polimento com cera de abelha. Nasce assim o botão.

O Fim

Algures, no tempo, deu-se o desequilíbrio. Ocorreu quando passámos a recorrer às matérias mais primordiais com recurso a processos que ferem, de morte, os próprios princípios básicos que, durante milénios, foram respeitados. É um exercício inútil tentar identificar esse momento no tempo. Por outro lado, é urgente que esse equilíbrio seja restabelecido. Com humildade, que deveria pautar cada uma das nossas acções, a ascensão, a que comummente chamamos progresso, agracia muito mais. Muitos mais. Com afecto por tudo aquilo que nos é tão basilar, que moldou quem somos como um todo, surge a paixão. E só esta pode estar na base do que depois virá: uma alquimia de saberes, talentos e erudições que o tempo não apagou. O Benefício rescreve-as. Uma sleeve para laptop, com 3 tamanhos e 2 cores (6 combinações), saída dos teares da Subtil Bloom. Uma pequena parcela em pele de ovelha curtida com extracto de mimosa. Da feitura desta, excede uma parcela de tecido que é reutilizado para fazer uma bulsa multi-usos, com padrão único e especial O Benefício. Ambas contarão com botões da lavra da Oficina Pode Ser, em Cameleira Japónica polida com cera de abelha. A personalização com o Seu Benefício é feita, a laser, pela FAB LAB do ISCTE.